A Pochete está de volta! (e ela nunca deveria ter ido a lugar algum)

Algumas amigas perguntam porque eu não falo muito de moda aqui no blog.

A resposta é simples: Eu não sigo tendências.

Quando estava me preparando para viajar ao Brasil com as crianças sozinha, só conseguia pensar em maneiras práticas de me sentir segura e sem correr risco de perder dinheiro e passaporte.

Como não pensar na pochete, gente?

Eu não estava nem um pouco preocupada com os olhares que ganharia quando desembarcasse no Brasil usando uma pochete.

O que interessa pra mim é a praticidade, ou você acha que uma mãe de 4 filhos tem tempo de ficar preocupada se vão achar cafona?

Já me acham maluca, me acharem cafona porque uso pochete seria só mais um adjetivo adquirido precipitadamente.

Eu sou do tipo, que penduro bolsa no carrinho.

Penduro a bolsa no carrinho e esqueço da vida, da bolsa e do carrinho.

Usando uma pochete, meus problemas estão resolvidos, tá tudo aqui ó, ao alcance das minhas mãos que aliás estão livres para segurar essas meninas serelepes!

Na realidade eu não sei em que momento da estória moderna a pochete passou a ser vista como vilã, porque quando eu era adolescente, só era cool quem tinha uma pochete da pochete da Atol das Rocas.

(e a probabilidade de você ter usado uma, se você tem entre 35 e 40 anos e mora no Rj, é imensa, não adianta disfarçar colega.)

No início de Janeiro, época que fui ao Brasil, vi muito pescoço virando sem acreditar no que via.

Uma pochete AZUL CANETA BIC (com um macaquinho pendurado porque ela sozinha já não chamava atenção suficiente) desfilando na cintura de uma mãe pelos shoppings mais legais do Rio de Janeiro.

Antes de ir embora, profetizei pra minha mãe e irmã que se a pochete não voltasse a moda de novo, era porque o povo carioca realmente coloca a vaidade acima da segurança, porque né?

Daí desde a semana passada vi umas 3 reportagens sobre a volta do uso da pochete.

A primeira criticava uma atriz que usava uma dessas pochetes de antigamente.

Já a outra reportagem dizia que essa era a nova moda do carnaval e que ela, a pochete, estava sendo vendida por até 400 Reais.

400 reais uma pochete gente!

Eu ri.

As coisas para serem vistas com bons olhos no Brasil, tem que virar símbolo de status.

Quanto mais caro custar, mais ‘bem aceito’ vai ser.

Melhor continuar sendo visionária.

A minha pochete linda da Kipling eu comprei por 17€, só Deus pra saber quanto isso custará no Brasil daqui a 1 mês.

A verdade é que quem se importa com o que eu carrego na cintura devia estar mais preocupada com o que se tem na cabeça.

E quem me achar cafona, que pochete é fora de moda, que pochete é coisa dos anos 90, não use.

E você amigs, ao invés de seguir moda, faça a sua moda mesmo, de acordo com suas necessidades e gosto, no mínimo, vai sair mais barato.

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