Uma amiga minha, outro dia, passou por um susto com a filhinha e mencionou que ver filhos adoecerem é a pior parte da maternidade e ela tem razão.
Pra mim, isso é tão verdade que em 8 anos de blog, evito falar sobre isso, posso até ter deixado uma preocupação ou outra, escapar, mas não me lembro de ter falado a fundo sobre doenças corriqueiras que todas as kids tem e o único motivo de ignorar esse lado difícil da maternidade, é porque ainda não sei lidar.
Quando elas ficam doentes e a rotina desanda fico bem agoniada e tenho tudo, menos inspiração para escrever.
Sou a mãe mais tranquila que você já viu na vida, de verdade.
Perco muito poucas noites de sono preocupada com coisas bobas e que fazem parte do crescimento infantil, mas sobre condições mais específicas, tenho bloqueio e tô trabalhando isso dentro de mim.
Por exemplo, hoje, resolvi te contar sobre um diagnóstico repentino dado a Mia no início desse ano.
Um dia, indo fazer o check up do strawberry hemaginoma que ela tem na pontinha do nariz, resolvi comentar sobre a mama dela com a médica.
Mia foi uma bebê gordinha e sempre teve um peitinho, achava que fosse gordura, embora a Chloe não tivesse tido, ou o Breno, mas quando ela emagreceu e o peito estava ficando bem definido, como o de uma criança mais velha, passei a prestar mais atenção e foi só porque já estava lá, resolvi tocar no assunto, nunca pensei em marcar uma consulta exclusivamente pra isso.
Depois de examina-la, vi a preocupação no rosto da doutora que me encaminhou para fazer um raio x de pulso no mesmo dia.
A idade óssea da Mia estava bastante avançada para a sua idade, ela na época tinha 2 anos e meio e pelo exame, ela tinha 6 anos.
O diagnóstico de puberdade precoce foi bem rápido e passamos um dia no hospital, fazendo milhares de exames.
O tratamento hormonal foi preescrito, mas Mia teve sorte e o organismo dela reagiu muito rápido, depois de 11 meses do primeiro exame, vimos que a idade óssea dela não evoluiu rapidamente como nos 2 primeiros anos de vida e a mama regrediu, hoje está praticamente normal.
A condição dela requer acompanhamento, principalmente até ela ficar mocinha de fato, mas o susto passou.
E por isso, resolvi dividir com você, o final poderia ter sido bem diferente se ela não tivesse sido acompanhada desde cedo, a puberdade precoce afeta a vida da criança em todos os sentidos, embora seja uma condição com grandes chances de controle feito por hormônios, se não diagnosticada a tempo ela pode causar infertilidade, baixa estatura, envelhecimento precoce e uma série de outros fatores que influenciam na qualidade de vida de uma mulher. Imagine uma menina de 4 anos de TPM? Ou uma jovem de 23 anos na menopausa?
A internet ajuda bastante na pesquisa dessas nossas dúvidas, mas em alguns casos, nos trazem ainda mais insegurança.
Como mãe, meu conselho é seguir sempre seus instintos por mais boba que a preocupação pareça ser, procure ajuda especializada e evite levar muito a sério as informações encontradas online.
Minhas amigas e família, foram um apoio incrível nesse período e quando a gente divide, parece que o problema, como em um passe de mágica, diminui.
E tenha certeza, embora a maternidade seja, de fato, na maior parte dos dias, um trabalho solitário, você nunca está sozinha.
Muita Saúde, para nossas crianças e muita paz para nossos corações!
Foi exatamente isso que eu disse pra uma mamae que tava agoniada com a filha doentinha (no fim eh so uma catapora, ainda bem): Ouça teus instintos e corra atras. Pergunte, nao ignore! Minha filha nasceu com paralisia plexobraquial que junto com a torcicolo congenita resultou numa plagiocefalia. Passei o primeiro ano correndo atras e as voltas com fisio, quiro, osteopata… E hoje ela ta perfeita, 100% recuperada. 🙂 Mas sabia desde o inicio que tinha algo errado e so levei mais tempo pra agir por pura negaçao. Beijos pra vc!!
Nossa…nunca tinha ouvido falar. Foi bom divulgar. Ainda bem que tratou cedo! Tudo de bom!
Ká, Deus age sempre!! E a linda Mia não terá nenhum problema recorrente!!
Meu filho tem 2 anos e meio e é autista, e eu lutei muito para ter uma boa médica que investigasse, depois briguei na justiça por um bom tratamento (Oh Brasil!)…mas enfim, mães nunca tem sossego!! haha