Foi no meio do inverno, em uma dessas semanas que antecediam o Natal que eu decidi ir ao Brasil, adiantando meus planos.
Estava planejando a algum tempo que passaria as férias escolares das crianças (que é no meio do ano) no Rio de Janeiro.
2 meses.
Mas não aguentei esperar.
E se tem uma coisa que eu não controlo nessa vida é siricutico.
E ele veio “daquele” jeito que só quem sofre desse mal, entende.
O problema é que depois que comprei as passagens, continuei lendo notícias sobre o Brasil e o estado que a nossa segurança se encontra.
E bateu desespero, para não falar em arrependimento.
Passei noites em claro, pensando que talvez essa não tivesse sido uma boa idéia.
Proibi amigos e familiares que comentassem sobre a minha ida em redes sociais e até procurando Taxi blindado para me buscar no aeroporto eu estava.
Nesse nível, senhoras e senhores.
E não era medo de assalto, porque pode levar tudo.
Era medo de bala perdida mesmo.
E por essas e outras o meu sentimento sobre a minha cidade natal é tão conturbada.
Eu já escrevi muitas vezes sobre minha relação com o Rio de Janeiro.
Mas, já que estava feito, as passagens estavam compradas, o melhor a fazer era parar de ler noticiário e orar, seja lá para o que for.
E assim fomos confiantes e empolgados.
Eu sozinha com a crianças e muitos planos para os dias quentes.
A gente estava precisando.
Foi super divertido descobrir as impressões das minhas kids gringas, principalmente da Chloe sobre o meu Rio de Janeiro
Na metade da minha viagem, enquanto eu pensava justamente em que momento da minha vida eu decidi que era hora de sair do Brasil escutei uma música no carro, que não sei quem canta ou como se chama, mas que foi certeira: “A gente não pode ter tudo, qual seria a graça do mundo se fosse assim…”
Acho que até a Gisele Bundchen, que parece ter tudo na vida, concorda comigo.
A verdade é que eu sou mais feliz no calor, com a minha família e com meus amigos que tanto tenho orgulho de ter conservado durante tantos anos, mas também sou grata a Irlanda e tudo o que ela me deu e pode proporcionar aos meus filhos.
E para encerrar, parafraseando Tom:
Viver no exterior é bom, mas é uma merda. Viver no Brasil é uma merda, mas é bom.
Agora, aguarde o post do melhor aniversário da minha vida.
Ele tá chegando, assim que minha deprê pós Brasil, passar.







que fotos lindas!!!!O Breno tá um rapazinho!!!!As pequenas estao parecendo as chiquititas!!!!!