Crônica, Karine Keogh

De boas intenções o inferno está cheio.

Tudo começou com a atriz que não se posicionou.

Depois a outra artista que se posicionou sobre a que não se posicionou.

E aí a internet foi a loucura.

A questão ultrapasou o ‘se posicionar ou não se posicionar’ – porque de fato, se é a audiência dessas pessoas que as garante as regalias em que elas vivem, nada mais justo do que a gente saber a opinião de quem a gente está patrocinando.

É  obrigação? Não, não é .

Mas devemos incluir o posicionamento político na categoria de deveres facultativos de bom tom da pessoa que tem um alcance grande pelas suas redes sociais.

Toda essa discussão fez com que eu re-avaliasse meu posicionamento tanto no blog, no Instagram e Instagram minha vida.

Veja bem, eu não sou famosa, não sou intelectual, não tenho milhares de seguidores, não ganho dinheiro de quem me lê, me vê ou me escuta – nem 10k seguidores que me permitiriam falar ‘arrasta pra cima’, eu tenho- mas me sinto na obrigação moral de esclarecer como eu penso.

Meu pai era PTista. Cresci com meu pai apoiando o Lula, e apesar de naquela época politica nao ser discutida como hoje em dia, não me considero uma pessoa completamente leiga ou neutra no assunto, eu gosto de política. Eu aplico e vivo política na minha vida diariamente, quando, dentro da minha casa e das minhas escolhas eu tomo decisões justas e que pensam no bem estar dos envolvidos.

Eu nao sou, por exemplo, feminista de internet, eu sou feminista, minha vida e caminhos são mais que inusitados e estão aí pra provar meu posicionamento dentro da  minha realidade.

Mas uma coisa é indiscutível:

Eu sou #ForaBolsonaro com convicção, com sangue no olho e a favor de qualquer pessoa que tenha a mínima chance de tira-lo do lugar que ele não  deveria nunca ter ocupado.

Gostaria de ter outra opção que realisticamente falando pudesse ganhar do Bolsonaro que não fosse o Lula?

Gostaria! – Não porque ache que o PT seja de extrema esquerda ou comunista ou o maior ladrão da historia que esse País já  teve noticia, porque não foi. Não sou Petista. Mas isso não me impede do meu lugar de privilégio, de saber -por dados e não achismos- que o governo do PT foi extremamente importante para nos tirar da fome e de garantir o mínimo de dignidade a quem nunca teve direito algum, mesmo que você pessoalmente não conheça essa pessoa, ou que essa pessoa não faça parte da sua realidade.

O PT criou programas importantíssimos para a diminuição da Gap entre as classes e quando a Gap diminui, a violência, o desemprego a evasão escolar, tambem diminuem.

Lula foi preso ilegalmente #LulaLivre, o impecheament da Dilma foi golpe e eu comemorei quando ele saiu da cadeia.

Se em 2022 as eleições ficarem entre Bolsonaro e Lula, não tenho duvida nenhuma que será o Lula meu candidato, que vestirei a camisa e que farei campanha.

Mas não, Lula não é minha primeira opção.

Eu gostaria de ser representada pelo candidato que seja mais preparado e que tenha um plano melhor de governo do que o PT.

Mas, a realidade no momento é decidir entre a democracia e o autoritarismo e ponto final.

Então, sem choro e nem Vela, voto no 13, ou em qualquer outro candidato/candidata que defenda a democracia, a educação e a saúde para todos – porque da tal da Moral e bons costumes  a la Bolsonaro, o inferno está  cheio.

E a gente nunca esteve tão perto do inferno como agora.

One Comment

  1. ANA PAULA ASSUNÇÃO RODRIGUES

    Palmas para você! Estamos sofrendo muito aqui no Brasil! Este governo monstruoso precisa cair!

Deixe uma resposta