Se hoje eu tivesse que fazer uma monografia, o tema seria “Mães e as redes sociais“
Porque tipo, eu sei que brasileiro em geral curte uma rede social, mas acho que não há “classe“ mais conectada do que as mães, pode perceber.
Quando o Breno nasceu, internet era bem limitada, ou pelo menos não havia tantas redes sociais. (o Orkut começou a ser popular quando ele tinha uns 3 anos) e a rede era usada mesmo, para ler notícias.
Ainda bem.
Nunca tinha me sentido julgada por dar batata-frita, deixar comer doce, ou inferiorizada porque fui submetida a uma cesariana, como acontece hoje em dia.
Não comigo, que fique claro.
Eu sempre exerci a maternidade no instinto e críticas quanto a isso ou aquilo, nunca de fato me afetaram, o que tem me afetado mesmo é a quantidade de horas com que eu andava ficando conectada.
E gente, era muito.
Smartphone não é invenção de Deus.
Maternar é uma ocupação muito solitária.
A internet nessas horas ajuda um pouco a tapar o buraco dessa solidão, principalmente quando a gente vive em outro País, principalmente quando a gente passa o dia inteiro só com as kids, sem papo adulto.
Outro dia, tentando explicar para minha mãe, que eu saí do Facebook, por falta de tempo, ela me perguntou o que tinha mudado, já que faz quase 2 anos que eu tenho 4 filhos e não tinha parado.
E eu não soube responder.
Não sei se as meninas estão me dando mais trabalho, ou se meu fôlego diminuiu.
Ou se simplesmente perdi a vontade de Facebookar.
O fato é que eu me sentia muito na obrigação de responder emails, perguntas e mensagens vindo da minha página pessoal, e acabava que eu passava muito tempo fazendo isso e meio que esquecendo do resto, do arroz no fogo por exemplo…ha ha ha
A maternidade é uma coisa natural pra mim.
Multitasking é o meu forte e eu nunca tive maiores problemas em dar banho e fazer comida ao mesmo tempo, mas sei lá, conforme as kids estão crescendo, se desenvolvendo e percebendo mais as coisas a volta, prefiro não passar a impressão de que “mamãe tá sempre no telefone”.
Porque, mamãe, não tá sempre no telefone.
Eu não tô sempre no telefone.
Não mais.
Não por enquanto.
Mas a câmera eu não larguei.
Tendo dito tudo isso, quero deixar claro que sou muito a favor das redes sociais, só que no meu caso com tantas, precisava escolher e no momento, optei pelo instagram e pelo blog.
Acho que dos dois eu dou conta sem compremeter o meu quality time com as kids, com o Rosinha, com você e com o arroz na panela 🙂
Sem cobrança, é mais gostoso, não é?
A minha conta no instagram é @kaentrenosblog , segue lá 😉
Meu celular quebrou segunda-feira passada e eu descobri uma coisa que há muito não tinha: tempo!
Desde que o dito quebrou li 2 livros, arrumei todas as gavetas, dobrei roupas que aguardavam minha boa vontade há meses, brinquei de massinha com os meninos, vi filmes…
Quando meu smartfone voltar a funcionar pretendo não instalar nenhuma rede social para assim poder aproveitar melhor meu tempo 😀
Legal que o blog continue… 🙂
Achei ótimo, e com certeza as crianças agradecem….qualidade no seu tempo é fundamental!!!!
Vc é uma fofa… E ta certissima em mudar o foco, ou pelo menos, direcionar melhor sua atencao! FB e etc sao meio viciantes mesmo.
Mais uma vez me identifiquei muito com seu texto. Estou no mesmo processo que vc. Mas acho que deixei o face antes e voce e uma das poucas coisas que senti falta de lá. Já estou seguindo vc no Instagram e estou me controlando também para não ficar o dia todo com.o celular na mão. Também fico a maior parte do dia e da noite sozinha com meus dois meninos, que são pequenos (5 e quase 2 anos) e me peguei fugindo da louça no face e vendo qualquer outra besteira. Que ilusão boba! Senti que só acumulava funções, negligenciava meus filhos e perdia a melhor parte: me sentir dona de mim e no controle de minha vida.
Obrigada por compartilhar, Ka. É muito bom não me sentir um et.
.beijo