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Um dia, quando minha mãe estava aqui na Irlanda, conversávamos sobre alguma coisa e ela comentou que eu podia ficar tranquila, porque do jeito que eu falava do Rosinha, se um dia eu passasse dessa para melhor antes dele, teria uma fila de pretendentes aqui do lado de fora da minha porta pra cuidar dele e dos meus filhos.
E é verdade, né?
Eu puxo a maior sardinha pro lado do meu marido.
Ele realmente é demais BUT se um dia eu morrer e você pensar em se candidatar ao meu posto, fique ciente de que, o homem rosa não é muito chegado a um DIY, sabe?
Ele até se esforça e tals, mas não, não rola.
Primeiro porque realmente falta tempo e segundo, falta habilidade, apesar de sobrar vontade.
Eu já contei que na Irlanda, a maioria das coisas é bem mais em conta que no Brasil, menos serviço. Por isso, as lojas de “Faça Você Mesmo” reinam absolutas por aqui.
Minha casa estava precisando de um makeover urgente, tipo, urgente para os meus padrões siricuteiros.
Se eu não vou trocar de marido e nem posso trocar de filhos, troquemos a decoração da casa, não é mesmo?
O negocio estava feio, as mãos das meninas estava impressas em todas as paredes das salas e do hall, apesar da pintura dos quartos estarem intactas, até porque, elas limpavam suas maozinhas xexelentas nas paredes pelo caminho.
Fizemos um orçamento e com o valor, dava pra eu comprar uma bolsa nova.
Prioridades, né minha gente?
Influenciada por uma amiga pintora e apreciadora de bolsas, resolvi investir na boa vontade.
Breno de férias, se ofereceu para ajudar, fui na loja, escolhi a tinta, comprei a tinta e puft, comecei a pintar.
Na primeira noite (porque, né? só a noite mesmo) eu pintei 3 paredes, Rosinha pintou 1.
No segundo dia, enquanto a Amy dormia suas 2 horas de soneca, eu e Breno aproveitamos para pintar outro cômodo.
Até papel de parede, eu coloquei.
Quase pensei em desistir, mas com o apoio moral da amiga, insisti e tudo foi dando certo.
Principalmente para o Rosinha, que não gastou dinheiro e na primeira visita feita pela minha sogra na casa re-decorada, pergunta todo orgulhoso e com a maior cara de pau do mundo:
“E aí, gostaram do trabalho que A GENTE fez?”
Tá vendo só?
Nem tudo são flores, ele só não sabe ainda que vai pagar o dobro pelo serviço.
Ah, e precisando, estamos aí…
É incrível como estar exposto à uma outra cultura muda a gente né, Ka? A primeira vez que ví minha sogra Irish colocando o filho mais novo (15 anos) para trabalhar pintando casa durante as férias de verão eu fiquei boquiaberta! Mas hoje em dia ví como eles aprender esses e tantos ofícios ainda "pequenos". O Peter não só pinta, como é um carpinteiro de mão cheia. Aqui no Brasil tá até ajudando na reforma da casa do meu pai. Eles ficam todos surpresos com ele fazendo as coisas e ele fica todo surpreso pensando porque a gente paga outra pessoa pra fazer tudo.. rs..
Beijo Ka :**
P.s. Voltei pra blogosfera, não aguentei! hahaha..
Eu sei o q vc passa Karine, meu esposo foi trocar a resistência do chuveiro pela primeira vez (esse ano) aos 38 anos.Faz 4 anos q somo casados, perguntei pra ele: como vc fazia antes pra trocar caso queimasse – ele: eu pagava alguém pra fazer, eu não tinha tempo – eu: ahammmmm…
Enfim, furadeira aqui em casa é mais minha q dele rrrsss.
Hmmm… se você deseja diminuir (ou debandar completamente) a "fila de espera" pela rósea pessoa, precisará de exemplos mais contundentes. Se eu tivesse um hubby bem legal não ia ligar de pintar sozinha a casa toda, por dentro e por fora! rsrsrsrsrsrs!