Algumas pessoas que conheço, são tagadas em posts de Facebook e Instagram por milhares de motivos.
Eu sou tagada e recebo notificação via email sobre duas coisas: quando tem algum artigo circulando por aí sobre ser mãe de 4 crianças ou falando sobre rabanada.
Posso dizer que Meu objetivo de vida está quase sendo alcançado.
Adoraria ser lembrada toda vez que você visse uma rabanada na sua frente, mas das suculentas, nada de rabanada de forno, tem que ser as fritas e se for recheada melhor.
O engraçado é que, sendo a rabanada uma comida típica Natalina brasileira (e pelo que andei sabendo, é forte somente no Rio de Janeiro), esse não seria obviamente o que deveria estar no número um das coisas que mais sinto falta no Brasil, mas é, junto da minha família é claro.
A Rabanada não representa só uma comida que alimenta o corpo e as gorduras localizadas.
A Rabanada alimenta minha memória, minha infância, as lembranças das portas dos apartamentos dos vizinhos abertos em véspera de Natal, o cheiro de canela misturado com açúcar, o gosto dela geladinha na manhã seguinte.
Rabanada me lembra o espirito de equipe em montar uma ceia com o famoso “cada um trás uma coisa”, os corpos bronzeados e cheiro de bronzeador (se lembra de um de canela do boticario? era o meu favorito, como se eu precisasse de bronzeador).
Rabanada me lembra de tudo que sinto falta, especialmente nessa época do ano, nessa fase da minha vida.
Junto com coxinha, feijoada e pão de queijo, a Rabanada ja é velha conhecida dos meus filhos.
A gente pode ter passado o dia 25 de dezembro inteiro na casa da minha sogra, sendo alimentada a cada 30 minutos com comida da melhor qualidade feita com todo amor, mas Natal só é Natal mesmo, quando eu vou para cozinha, mesmo que seja as 10 da noite e preparo rabanada para minha família, como minha mãe preparava pra mim, como minha avó preparava pra minha mãe.
Dinheiro pode nao trazer mesmo felicidade, mas tem comida que trás.
E rabanada é uma delas.
Agora sim, Feliz Natal !
Que texto lindo ♡