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Elas Preferm os Gringos.

Sem entrar no mérito de que afirmativas como essa são no mínimo fortes demais, concordo com grande parte do que a reportagem, que leva esse título feita pelo portal Ig, conclui sobre relacionamentos com estrangeiros.

Tirando uma porcentagem de mulheres que buscam parceiros de outros países em sites de relacionamento, existem outras que encontram, como foi o meu caso e como aconteceu com a maioria dos casais de que eu tenho notícias, até porque, nada mais comum do que morar na Europa e se interessar por um Europeu. Claro.

Como já disse outras vezes, caráter tem muito pouco haver com nacionalidade e muito com personalidade e quem namora com “gringo” não está livre de se decepcionar.
Eu não tenho nada contra brasileiros, pelo contrário,sempre tive sorte com os poucos (e bons) namorados que tive e o fato de estar casada e ele ser um homem e irlandês é detalhe(e destino).

Ao contrário do que muita gente acha, nunca sofri pré-conceito por ser estrangeira no país dele, ou melhor, o pré-conceito que a maioria de nós é vítima vem dos próprios brasileiros(de cabeça pequena) que acham que relação desse tipo é movida a interesse pelo passaporte europeu-como se um desses tivesse alguma utilidade na minha estante.

Sim, temos desvantagens, principalmente quando a assunto é emprego, anos de estudos no Brasil poucas vezes rendem frutos no exterior, acontece, mas a proporção de imigrantes que conseguem atuar na própria área ainda é bem pequena e se for um caso como o meu, o de mãe com dois filhos é dificil o salário compensar o alto custo de uma creche.
Abrir mão da família, amigos , emprego e do que a gente conhece também não é fácil.

Já no lado das vantagens nada melhor do que aprender, uma nova cultura, uma nova língua e porque não, até um novo jeito de enxergar a vida?.
Até em uma discussão a risada prevalece, imagina falar sem parar, com a emoção a flor da pele em outra língua? Difícil não gaguejar, dá tanto trabalho que só começo uma briga quando vale muito a pena, até porque, falar “bad words” pro rosinha o efeito é contrário.

Eu, que encontrei meu marido sem estar proucurando um, que casei depois de ter jurado que nunca mais casaria, que resolvi fazer intercâmbio quase aos 30, que tive o segundo filho depois de acreditar que um era o suficiente, que virei “House wife” depois de ter estudado um monte, sou o exemplo de que as coisas mudam, a vida e a gente também, sendo assim, nada melhor para quem gosta de novidade do que se relacionar com estrangeiro, mas essa relação requer muita paciência para superar a adaptação e ausências   além de uma pitada extra de amor, muito amor, respeito, generosidade e espírito aventureiro com uma grande dose de equilíbrio emocional para lidar com as diferenças culturais e com a saudade do que ficou pra trás, de um lado, ou de outro.

Para ler a reportagem a que me refiro é só clicar Aqui .

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15 Comments

  1. Bela reflexao. As vezes fico imaginando o tipo de comentario insensato que devem fazer sobre vc e outras meninas casadas com gringos. Quando a japa e eu chegamos aqui, ficamos na casa de uma brasileira queridissima que eh casada com um medico irlandes. O casal eh tao feliz junto, que nao da pra imaginar qualquer outro interesse que nao o amor…

  2. Me vi dentro do seu texto. Concordo contido e sei do que voce esta falando, pois vivo e sinto isto diariamente, mas como voce disse temos grandes compensacoes como ser humano. Um otimo domigo. bjs

  3. Oi, Ká
    Assunto polêmico esse né?
    E quem senta frigideira somos nós as casadas com estrangeiros haha, eu já escutei de tudo aqui. Dublin é uma cidade internacional, mas o resto da Irlanda ás vezes a cabecinha é pequena, ninguém nunca me atacou, mas eu sempre tive que explicar que estava aqui por amar meu marido, e que no Brasil eu sempre vivia muito bem. Se bem que eu passo fácil por espanhola, por sobrenome e aparência então eu sempre acabava ferrando comigo mesmo falando não eu sou brasileira, não sou espanhola, sou neta de espanhóis, porque eu sempre tive orgulho de ser brasileira acima de tudo.Como eu lido 100% com irlandês e eu acabo sendo a única brasileira daqui, pelo menos até que apareça alguma haha eu sei bem que as irlandesas tem um certo ciúmes principalmente as que trabalham com o meu marido,é claro, elas nunca são mal educadas, sempre me tratam muito bem mas vivem pedindo dicas de como lidar com homem e tals. Acaba sendo engraçado.Eu fui noiva de brasileiro mas o destino tb me trouxe pra ca e como eu sempre falo no meu blog, comunidades do orkut, passaporte fica na gaveta, o que ninguém sabe ou não promove é a dificuldade de recomeçar! Tem que amar muito, se amanhã algo não der certo, no dia seguinte eu estou no Brasil. bjusss

  4. Tambem concordo. Aqui na Alemanha tem muita, mas muita brasileira mesmo casada com alemao. O preconceito existe, mas vem dos próprios brasileiros. Só sei que vim pra cá para ser au pair e acabei ficando… Encontrei alguem que amo e pronto. E o resto é História!

    bjs

  5. Pois é Cath, como eu falo no texto é muito difícil recomeçar e triste muitas vezes ver anos de estudos e experiência no Brasil no lixo.

    Infelizmente por ser full time mummy, tenho pouca experiência e quase nenhuma informação sobre o recomeço profissional, mas venhamos e convenhamos, o recomeço pessoal é tão ou mais difícil.

  6. Ah, como é difícil a adaptacão…
    Mas estou investindo nisso ao máximo.

    Ih, uma das entrevistadas é minha amiga que fez curso de Turismo comigo, a Nilda. Linda!

  7. Concordo que esse é um polêmico, Pra começar eu nem gosto muito do termo "Gringo" se referindo a pessoas de outros paizes,porque se for assim nós somos tão gringos quanto eles,rsrs
    Tenho uma prima que conheceu o marido dela por uma rede social hj ela é casada e mora nos EUA, e por conta disso já teve que escutar muita coisa,sobre o casamento dela. e dos proprios brasileiros,aff!
    Então alguem tem que inventar uma formula pra ensinar ao coração a não bater por alguem de outra nacionalidade né?

    beijos linda!!!

  8. Falou e disse, morena!
    Quando nos relacionamos só com brasileiros em um país estrangeiro, perdemos a oportunidade de aprender MUITO. Quando não nos relacionamos com brasileiros, somos taxadas de interesseiras.
    Relacionamento inter-cultural é uma das coisas mais interessantes que já aconteceu na minha vida. Cada dia é um aprendizado! Agora imagina uma brasileira e um alemão discutindo em inglês, lol.
    Como você falou: se está na Europa, a coisa mais comum é vc esbarrar com europeu! Oras.
    O sol nasce pra todos e a felicidade está dentro de cada um de nós. Gente crica precisa é sair na rua e tentar viver. Uia.

    Beijunda
    da Bruna 🙂

  9. Nossa, fiquei encantado por Kusadasi, na Turquia! Eu encontrei um site irlandes de pacotes turisticos, inclusive pra Kusadasi, chamado Sunway, ele é confiável??

  10. Sim,sim !
    Eu fui com a sunway vou postar um post essa semana sobre pacotes turísticos, fique de olho!

    Abc

  11. Oi Karine, adorei o texto…e como vc e a maioria das pessoas veem, infelizmente o pre-conceito vem msm somente dos brasileiros, mas tao insignificantes que nunca nos encomodam(pelo menos a nao a mim.)

    Bjinhux

  12. Kah, o que importa é que vc teve a coragem que mt gente não tem. Que pensem o que quiser, que deixamos uma cidade linda como o Rio, a nossa família, um bom emprego…mas e daí? Se a gente fosse se preocupar em perder aquele nosso conforto que estávamos acostumadas, nunca saberíamos como é tão bom, tão rico cultura e intelectualmente ter a coragem de mudar, sair pro mundo e ser feliz.

    Essa decisão é pra poucos, e isso já te faz uma mulher mais que forte e decidida; te faz senhora do seu destino, que não está à deriva do que os outros esperam de vc. Ter personalidade é para quem pode.

  13. Falou TUUUUUDo Mari!
    Faço das suas, minhas palavras!
    E que a gente continue sendo assim, mais a gente!

  14. Assino embaixo, mulherada!
    bjs

  15. Ka,(olha eu intima) comecei a ler seu blog uns dias atrás por indicação das meninas do e-luluzinhas e não parei mais. Adorei saber que vc tem o mesmo sentimento que eu quanto pré conceito fora do brasil, meu namorido é gringo, nunca sofri preconceito na Italia, pelo contrário, fui muito bem recebida por familia e amigos, o pré conceito que existe (infelizmente) são dos brasileiros que acham que vc tá tentando dar o golpe do baú, ou conseguir o "gringo card", mal sabem eles que a decisão de viver com uma pessoa fora do seu pais vai além disso, envolve vc largar tudo que vc construiu até aqui no Brasil, estudei muito até aqui, tinha um trabalho fixo, garantido, um posto razoavel em uma multinacional, e estou deixando tudo pra trás, em outubro embarco pra Dublin pra morar com ele. Ta sendo muito dificil largar minha familia aqui, meus pais, meus avós, ainda mais que sou filha única. Mas espero que de tudo certo, e ver histórias como a sua fazem a gente criar mais coragem pra enfrentar as coisas e ver que mudar é possivel. 🙂
    Obrigada, por dividir com a gente sua historia! bjs

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