Ultimamente a quantidade de brasileiros em busca de informações sobre imigrar para Europa triplicou.
Mas será que a qualidade de vida entre Brasil e Irlanda é mesmo grande e capaz de fazer valer a pena deixar para trás família, amigos, cultura e talvez uma estabilidade profissional para começar do zero?
Como você sabe, eu sou casada com um irlandês então essa decisão de continuar a morar aqui foi natural, por isso convidei uma amiga, que conheci aqui, através do blog para contar um pouco de como foi a experiência dela, pra você.
Mas será que a qualidade de vida entre Brasil e Irlanda é mesmo grande e capaz de fazer valer a pena deixar para trás família, amigos, cultura e talvez uma estabilidade profissional para começar do zero?
Como você sabe, eu sou casada com um irlandês então essa decisão de continuar a morar aqui foi natural, por isso convidei uma amiga, que conheci aqui, através do blog para contar um pouco de como foi a experiência dela, pra você.
Eu sou a Camila, casada há 7 anos com o Bruno, mãe do Gui de quase 6 anos, da Malu de 3 anos e do baby que chegará em março de 2017.
No próximo mês nós completaremos 1 ano e meio morando na Irlanda, mais precisamente em Galway.
No início tomar a decisão de mudar não foi fácil pra mim, tínhamos emprego (eu era gerente de uma agência de viagens), família sempre presente, amigos, agenda cheia no final de semana e teríamos que abrir mão disso.
Ter passaporte Europeu foi uma herança bem vinda e decidimos aproveitar essa oportunidade.
Mas por que mudar?
Qualidade de vida é a resposta!
Viemos em busca de segurança.
Aqui andamos tranquilamente na rua, no ônibus, as crianças vão pra escola de patinete, brincam em frente de casa com a porta aberta, definitivamente uma realidade diferente da que vivemos em São Paulo.
A possibilidade de poder colocar meus filhos em uma escola pública de qualidade também nos estimulou assim como um balanço justo entre a vida profissional e pessoal, o que aqui eles chamam de Work Life Balance, o que é muito difícil de atingir no Brasil.
Por outro lado, em São Paulo, tínhamos muito apoio da família e principalmente ajuda dos avós o que aqui sentimos muita, muita falta.
A princípio, minha preocupação era as crianças, no entanto a adaptação na escola foi uma boa surpresa.
Meu filho Guilherme iniciou no junior infants com 4 anos e 10 meses e aprendeu o idioma muito rápido e em 3 meses já teve até fala na peça de final de ano, eu sinceramente não achei que ele fosse decorar nem falar na hora, mas as crianças realmente nos surpreendem!
Foi um momento mágico, que fez tudo valer a pena.
Já minha filha Maria Luiza com 3 anos teve uma grande influência do irmão para aprender inglês, ela queria ajudá-lo com o homework, ler o livrinho junto e falar com os amigos dele.
Faz dois meses que ela começou na creche e depois dos primeiros 3 dias ela já estava confiante e contente.
Entende quase tudo e se comunica cada dia melhor.
Apesar de algumas pessoas terem sugerido falarmos inglês com nossos filhos, aqui em casa fazemos questão de falar português para que não percam o idioma e possam se comunicar com a família de lá. Notei que “esqueceram” algumas palavras e as vezes sai algo em inglês no meio da frase mas é algo natural e não me preocupa.
O inglês veio com a ajuda e apoio da escola (com aulas extras nos primeiros meses), livros, música e vídeos/desenhos ajudaram muito no início com o vocabulário básico.
Passa tão rápido e de repente eles já estão falando e entendendo tudo…
Já a minha adaptação foi mais complicada, novo país, nova casa, trabalho home office, cuidar das crianças e de casa sem ajuda de terceiros foi um desafio.
Tive altos e baixos e demorei alguns meses para me acostumar e entrar no ritmo.
Falta os avós, madrinhas e padrinhos, os almoços de domingo, a farra na casa da bisa com os primos, pizza em família, praia nas férias, biscoito de polvilho, instituto butantã, pic nic no parque da água branca, entre muitas outras coisas.
Acho que a principal vantagem da mudança, além da segurança, foi ficar mais próxima a minha própria família, fortalecer os laços com meus filhos e conhecê-los melhor.
Sim, conhecê-los, pois eles passavam o dia inteiro na creche no Brasil e foi aqui que tive a oportunidade de diminuir o ritmo e assim passamos as tardes juntos, fazemos homework com calma, brincamos e curtimos o final de semana sempre inventando algum passeio.
Estamos felizes e adaptados, nunca me arrependi da decisão tomada.
Apesar de que, não me importaria com 5 graus a mais na temperatura e mais dias de sol.
Mas tudo bem, não dá mesmo, pra se ter tudo na vida.
E definitivamente, faria tudo de novo, por enquanto, Brasil só nas férias.
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A Camila agora abriu uma empresa que vende, adivinha?! Coxinhas!
Para visitar a página dela e matar a saudade de casa, clique ( aqui )
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Lindo e sincero depoimento…adorei.
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Nossaaaa , acho que o Bruno foi meu professor em um curso no SENAC será ele rsrs?? adoro seu blog