E aí, contar ou não contar que Papai Noel não existe?
Se você me contasse que seu filho de quase 11 anos ainda acredita em Papai Noel eu ia te falar (mentira! não ia falar, mas ia pensarrrr….) que das duas uma, ou ele tem probleminha, ou tá te fazendo de boba, provavelmente o mesmo pensamento que você terá agora, quando eu te disser que essa é a situação aqui de casa.
O Breno acredita -de verdade- em Papai Noel e coelhinho da páscoa (mas isso não vem ao caso hoje.)
Tipo, acredita mesmo.
Piamente, sem dúvidas, sem segundas intenções e sem vergonha.
Ele e 95% da 5ºsérie (os outros 5% não celebram o Natal).
Como você pode ver, a infância aqui na Irlanda custa a acabar, não sei se isso acontece por conta da lareira de verdade, da neve que cai lá fora ou pelo estímulo das famílias envolvidas, mas Santa Claus desse lado do oceano, é coisa séria.
Eu acho que já passou da hora dele cair na real por 3 motivos:
Motivo 1: Imagina ele chegando no final do ano no Brasil e contando para o primo exxxperto de 6 que ganhou tal coisa de Papai Noel? Vão achar que o Breno tem atraso né?
Motivo 2: Alem de estar na hora de aprender outros valores mais importantes que cercam o Natal, a lista de presentes é dobrada porque ele acha que ganha do Papai Noel e da gente, ou seja, tá na hora de acabar com a farra, olha a recessão!
Motivo 3: Não vai ficar legal na biografia de um gênio (porque meu filho é gênio, ingênuo, mas gênio) que ele foi (no passado, porque acredito que inocência passe) tão inocente assim.
Pra ser sincera só tem uma coisa que me segura de revelar a verdade nua e crua: o rosinha, que diz que vou traumatizar o menino (oi?), pois é, ele acreditou até os 12 anos, g-e-n-t-e, 12 longos anos colocando um copo de leite e biscoito de gengibre na lareira para o Papai Noel, enquanto eu, com essa idade já estava apaixonada pelo vizinho!
Mas olha, estou pensando em um método super revolucionário de revelação:
Carta anônima!
Será que o senhor meu marido vai desconfiar que fui eu, hein?
Certeza de que se ele descobrir, quem fica sem presente it’s me.
Pensando bem…melhor esperar mais um aninho, não custa nada, não é mesmo? (:
E você aí, me abraça e diz que meu filho é normal?
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Ok, está na hora de contar.Acho lindo que seu filho nessa idade ainda seja ingênuo, ainda seja criança. Acho que o problema não está no seu filho.Mas a sociedade está tão esquisita com garota de 12 anos engravidando , que quando a gente vê uma criança de 11/12 anos criança se assusta!Eu com 13 anos brincava de barbie.Vim ter "maldade" aos 15 (ok, já sabia o q era sexo, já sabia tudo, mas sabe, maldade mesmo, acho q não sei explicar). Resultado:fui adolescente muito focada no que queria, quando amadureci amadureci e fiz tudo o q tinha q fazer, sempre me precavendo em relaçãoao meu futuro.Sem queimar etapas.E provavelmente com seu filho será assim tb!Odeio frio com todas as forças, mas estou pensando seriamente em me mudar para a Irlanda então viu?:)
Ah, e que método revolucionário o quê! Senta com o moleque e conversa, conversa sobre a lenda de saint claus tb, e já dá par aintroduzir junto o espírito de natal, de doar, de solidariedade...tudo de uma vez só!
....Não conte, deixe que ele descubra naturalmente...essa é a melhor tática, sem traumas...comece deixando ele descobrir "sem querer" o papel de presente a vista dele, vai deixando assim algumas dicas mas sem forçar...
É uma história incrível mesmo! E linda ao mesmo tempo :-) que bom saber que ainda existem crianças de 11 anos! Hoje está tudo tão acelerado, que as pessoas estão perdendo um pedaço de suas infâncias ( que já é tão curta!). Acho que o Breno, quando for um adulto, vai lembrar disso tudo e ficar muito feliz por ter estendindo a infância dele, e por ter acreditado em Papai Noel por tanto tempo.
Se fosse você não contaria nada agora. Deixaria ele descobrir naturalmente, com outras crianças ou ainda espiando durante a noite e vendo você ou o Rosinha colocando os presentes perto da árvore, como acontece com muitas crianças. Ou se tiver que contar, conte em outra época do ano, deixe ele curtir esta magia do Natal mais uma vez ;-)
Ká, não conta. Deixa que lá no Brasil alguem da idade dele (ou menor!) se encarrega e ele vai lembrar pra sempre da pessoa e não de vc como destruidora de crenças! Eu lembro direitinho o dia que descobri que o tal papai noel, era, na verdade, minha bisavó disfarçada. Vi o relógio dela e tenho essa visão até hoje guardada na memória...
Amiga, deixa ele descobrir sozinho, acho que menos traumático. Se bem que ele vai dizer que você mentiu pra ele e jogar na sua cara eternamente. haha. Beijos
PS Daqui há doze anos você me conta como resolveu o problema ;)
Haha, sensacional. Deixa ele aproveitar ate nao poder mais. Me disseram logo de cara que ele nao existia e nunca curti natal... deixa ele viver na ilusaooooooo!
Claro que ele é normal. Se os amigos na escola não acreditassem ele seria sacaneado, e se continuasse acreditando aí sim seria um problema. Eu se fosse você não contaria, uma hora ele vai perceber. E explica pra ele que a recessão pegou o papai noel também, que tem que dar presentes pra todas as crianças. Se ficar louca de ansiedade, conversa com ele e conta. Mas eu acho que jajá ele percebe por conta própria.
Haha. "Coloca sua boca sob o nariz, puxa o catarro e cospe". Adorei a ideia e vou tentar, sim... e ela ja vomitou na minha boca, entao... to de boa com a nojeira. Beijao e obrigada!
E ele?? Não lê o seu blog?