“Vou contar a minha história, Uma triste, Triste história”.

Olha, se você tá comendo te aconselho a parar de ler esse post,
porque o assunto que vamos tratar hoje é meio nojento e tem haver com amor.
O fato, é que meu marido, aquele que eu cuido, passo as camisas, faço jantar, massagem nos pés e coloco pasta na escova de dentes, resolveu me dar um apelido no mínimo deselegante,
faz um tempo ele deu pra me chamar de cocozão.
Para ser mais exata: co-co-zohn.
Um cocozão com mais glamour, pelo menos.
Graças ao cocoricó, que fez uma música infantil explicando que o cocô faz parte da nossa vida e que ele é lindo e coisa e tal e tal e coisa.
A pessoa que carinhosamente chamo de rosinha, me chama de cocô e ri.
Ri não, moooorre de rir,
ele gosta da palavra.
simples assim.
Na verdade, quando a gente começou a namorar, ele queria mesmo era me chamar de “dinda”
achou fofo quando viu o Breno chamando a minha irmã de dinda e eu disse que não, que era feio, que isso era incesto e blá, blá, blá…
Mas pra me chamar de cocô, ele não pediu autorização simplesmente em uma tarde como outra qualquer, recebi uma mensagem que mudaria minha vida e minha relação para sempre:

Love you my cocozohn de galinha.<3

Gente, cocozohn de ga-li-nha, porque ele acha divertida a comparação com coração de galinha(?)
Eu queria muito, muito mesmo ter o poder de saber o que acontece dentro daquela cabeça gringa, deve ser muito irado lá dentro, só pode, porque a pessoa acha graça de 85% das palavras em português.
E dali em diante, não sou mais vida, amor, sweet (mentira sweet eu nunca fui como você pode imaginar), mas enfim, adeus romantismo.
Então, eu não sei bem se eu choro, se eu peço o divórcio, se eu ignoro e não respondo mensagens desse tipo, se eu mudo o apelido dele para -vômito- ou se eu acho graça.
Tô pensando ainda.
Enquanto isso enfio o meu dedo na guela dele quando o pego dormindo de boca aberta, só de raiva.
Porque, né?
Equilíbrio emocional é tudo nessa vida.

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