Quando eu me mudei para Irlanda a alguns anos atrás, meu filho, também brasileiro já tinha 7 anos de uma vida repleta de arroz e feijão.
Eu tive que me virar com o que tinha, ou seja, ingredientes brasileiros só na loja brasileira e nem sempre em lugares assim encontramos as melhores marcas.
Com o tempo, fui desabrasileirando (?) a alimentação dele, afinal, como eu poderia leva-lo a um restaurante ou a um jantar na casa de irlandeses?
Quando a Chloe, hoje com 2 anos,nasceu, não amamentei, entrei com fórmula desde o hospital e começei a dar papinhas de fruta, banana amassada e maça quando ela estava com 4 meses e ela aceitou bem.
Aos 6 meses introduzi as papinhas salgadas e invariavelmente alternava entre as prontas e as caseiras.
Aqui na Irlanda, existe uma cultura imensa em torno da batata e é comum a mãe introduzir de cara o purê de batata ou a batata amassada, pelo que li, vi e ouvi falar, a carne só é oferecida depois de 1 ano, antes disso a variação é pouca e na minha opinião bem seca, isso no caso das que não optam pelos famosos potinhos que aqui, diferente do Brasil, são bem variados, tem de diversas marcas e custa bem barato.
Para ajudar a escolher o cardápio comprei um livro bacana de receitas para bebês e me aventurei (e me aventuro) até hoje.
A dentição da Chloe começou tarde, mas mesmo sem dentinhos sempre estimulei a mastigação, apartir dos 9 meses ela já comia praticamente tudo, tudo mesmo, nunca me preocupei em evitar doces ou sal até os dois anos como muitas mães por aqui o fazem, não tenho nada contra, acho inclusive bacana, só que não faz parte da minha realidade, não sou radical e apesar de não ser todos os dias, como batata-frita, então não vejo motivo de vetar isso da alimentação da minha filha, ela come 1 e pronto, fica satisfeita.
Refrigerante eu evito, já que não temos o hábito.
Bolachas de maizena ela adora, chocolate por não gostarmos, ela não come e o delírio dela é, acreditem, passas!
No supermercado, a seção de produtos para bebês e crianças é bem vasto e com muitas opções saudáveis e naturais e sem neura ou pressão eu vou dando pra ela experimentar e com o tempo percebo do que ela gosta ou não.
A impressão que tenho das Irlandesas é de que elas são 8 ou 80, já eu me considero 40.
Tenho amigas que são super rigorosas com a alimentação dos seus bebês e outras que vão ao Mc Donald’s 2 vezes por semana, acho que assim como na vida, nada melhor também para a alimentação dos meus filhos, do que o meio termo, tirando a batata, essa, por aqui, não tem como, é em excesso!
Cheers!
Esse post faz parte da Blogagem coletiva das Mães Internacionais, se você quiser saber como é a alimentação infantil em outras partes do mundo, clique aqui e boa leitura.
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Batata por aqui tb eh de lei. Fora isso, a maioria das alemãs é como vc…meio termo. O nenem/ criança pode comer de tudo um pouco. Agora, fiquei impressionada com as passas!! Hehe nunca vi criança gostar. Bjs!